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Foto: Arquivo Pessoal |
Chermie começou a grafitar em 2005, estimulando outras meninas a pintar. Suas personagens estão espalhadas pelas ruas da
cidade, expressando nos muros um pouco da sua cultura. “Eu grafito mais índios,
que são a minha identidade. É para mostrar a minha terra para o resto do Brasil,
a minha cultura indígena”, conta.
É a segunda vez que a grafiteira mora em Salvador. Na
primeira vez, em 2011, ficou durante seis meses. Em 2012, veio para ficar e já
está na cidade desde março. Segundo ela, a cena do grafite feminino em Manaus é
mais ativa, com um número maior de mulheres pintando, mas as duas cidades são
muito boas em relação à técnica, com excelentes artistas. Chermie incentiva,
ainda, as meninas que tem vontade de grafitar. O começo pode ser difícil, mas,
para ela, o esforço vale a pena. “No início é dificultoso, como tudo na nossa
vida. Depois você corre atrás e se acostuma, vê que isso é tudo na sua vida”, relata.
Foto: Amanda Julieta |
Embora o grafite não garanta retorno financeiro, a sensação
é de missão cumprida. Através dos seus desenhos, Chermie deixa a sua mensagem e
colore o corpo da cidade. “O grafite é cultura e, sendo cultura, é bom para a
sociedade. Ainda mais que embeleza essas cidades cinzas e poluídas onde vivemos
hoje em dia”, diz.
Por Amanda Julieta.
Que massa toda força Manauara a vc. Representando sempre.